segunda-feira, 6 de julho de 2009

Preconceito

Remexendo um passado não tão distante, o gremista Máxi Lopez foi acusado de racismo por supostamente ter chamado de “macaco” o jogador Elicarlos, do Cruzeiro, no primeiro jogo das semifinais da Libeertadores. Procurei não falar sobre o assunto, que faria com que eu defendesse o lado gremista e gaúcho da história.
Tentei ser imparcial, o comentarista Milton Neves falou o que quis, eu tentei responder através do meu time, mas fomos eliminados.Não toquei no assunto, mesmo lembrando de fatos de preconceito contra o meu Grêmio e o meu Rio Grande do Sul, um dos fatos foi o de 2007, na semifinal contra o Santos.
O que me fez falar sobre preconceito, não me atendo apenas ao caso de Maxi Lopez foi um comentário que recebi na postagem sobre o nosso jogo contra o Sport, no dia 29 de junho. O qual dizia: “Vamos sulistas prepotentes!!! Chorem muito!!! La Bestia Negra de nuevo en sus vidas!!! Racistas F.D.P.!!!"
Fiquei pasma! Foi difícil formar uma opinião sobre esse comentário sem ofender ninguém. Mas como somos racistas, se é a nós que chamam de sulistas prepotentes?
Se o Maxi chamou ou não Elicarlos de macaco nenhum gremista tem culpa, mas o certo é que não posso nem defendê-lo, nem acusá-lo.
Se sou sulista? Sou mesmo! E tenho muito orgulho da terra onde nasci, como quem nasce no nordeste tem orgulho de ser nordestino, e como quem nasce em qualquer lugar do mundo tem orgulho de sua terra. Devemos ser ofendidos por amarmos o chão que pisamos?
E o preconceito não se resume apenas ao futebol ou a origem. O preconceito está na diferença de etnias, religião, opção sexual, escolaridade, classe social, etc. Há preconceito em tudo, e em todos os tipos de preconceito há dois lados, muitas vezes lados divididos em vitimas e vitimados, pode-se dizer.
Vamos à exemplos mais concretos: o preconceito não está apenas no negro que é chamado de “macaco” por um branco, mas também no branco que é chamado de “banquelo” pelo negro.Não só no pobre que é chamado de “mendigo” pelo rico, mas também no rico que é chamado de “esnobe” pelo pobre.
A questão é que existem diferenças, mas que podemos viver em igualdade, mesmo sendo diferente um dos outros.
Igualdade, como a anulação de cotas na faculdade por causa da etnia, afinal de contas o critério é a inteligência, e não a cor. Também nas profissões que apenas homens ou apenas mulheres podem exercer, o critério não é seu sexo, mas sua capacidade.
Este assunto é polêmico e deve ser repensado. E mais que repensado, deve-se rever antigos conceitos além de mudarmos nosso jeito de pensar. Cada um do seu jeito, com os mesmo direitos e deveres.

"Todos iguais, uns mais iguais que outros"

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