quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Adeus ao eterno capitão Tcheco


19 de novembro de 2009. Esse dia provavelmente não será esquecido pelos gremistas, principalmente por mim. Hoje, em entrevista coletiva com a imprensa, Tcheco anunciou sua saída do Grêmio. Depois de quase quatro anos no Olímpico, muito desse tempo como capitão, conquistou dois campeonatos gaúchos, foi vice-campeão brasileiro e vice-campeão da Libertadores.

Anderson Simas Luciano teve em seu destino fazer história no Rio Grande do Sul, e mesmo nascendo na cidade de Curitiba, desde criança percebia-se que algo estava reservado. Foi assim a origem do seu apelido, de tanto falar Tchê quando pequeno, na tentativa de imitar seu vizinho gaúcho, o Tchê foi se transformando em Tchezinho, até que ele cresceu e se transformou em Tcheco.

Com esse apelido, começou a se dedicar ao futebol, e tempos depois a vida provou que Tchê, ou melhor, Tcheco, não era seu apelido em vão e ele veio parar no Rio Grande do Sul, sendo contratado pelo Grêmio. Aqui, aos poucos foi tendo espaço, buscando seu lugar e se tornou o Capitão Tcheco. Assim, conquistou o Rio Grande do Sul duas vezes, chegou à final da Libertadores e foi vice-campeão Brasileiro.

Depois dessa longa trajetória aqui, ele anuncia sua saída. Ele sai daqui triste, emocionado, segurando as lágrimas, como era visível na última entrevista, e infelizmente sem títulos de grande expressão, mas sai de cabeça erguida, com o apoio da torcida e ficando na história do Grêmio, time que ele simplifica em duas palavras: “Imortal Tricolor”.

Durante as últimas semanas, sua renovação já era assunto. Um desacordo de valores salariais, e até mesmo uma certa falta de interesse do próprio Grêmio, fez com que ele saísse do clube. É difícil acreditar que por dinheiro o perdemos. Provavelmente ele vá para o Corinthians de Mano Meneses. O Atlético-MG de Roth, também está na briga pelo meio-campista.

A maioria da torcida não gostou de sua saída, principalmente deixando no seu lugar Rochemback. Já outra parte da torcida já vinha discordando a permanência de Tcheco, considerando-o muito velho e dizendo que agora, sem ele, o Grêmio vai voltar a ganhar títulos, culpando Tcheco pela falta de conquistas.

Não posso ser imparcial se tratando do Tcheco. Quem realmente me conhece sabe que, mesmo sendo gremista a vida inteira, comecei a acompanhar o futebol a partir de 2006, justamente quando Tcheco chegou aqui. Foi com ele que acompanhei meu primeiro Brasileiro, primeira Libertadores e comemorei o primeiro título com o Grêmio, após começar a entender de futebol.

Hoje é difícil pra mim desassociar o Tcheco do Grêmio, mais difícil, ver ele vestindo outra camisa, e por que não, sem mais ver ele roubar as ameixas do gramado suplementar, que ele tanto gostava. Difícil esquecer quando eu virei fã dele, vi o Grêmio ir pra final da Libertadores com ele comandando o meio-campo e comprei a primeira camisa do Grêmio com meu próprio dinheiro (era a número 10, do Tcheco). Quando, já que meus pais não me davam dinheiro pra gastar com o Grêmio, eu fiquei um ano inteiro economizando minha mesada só pra realizar um sonho: conhecer o Tcheco e conseguir um autógrafo. E eu realizei esse sonho.

Fica difícil esquecer o Capitão Tcheco, que mesmo não tendo mais aquele futebol de menino, mostrava a todos dentro de campo o que era, mais que ser um jogador do Grêmio, ser um gremista. Hoje ele sai do Olímpico de cabeça erguida, como um exemplo de jogador a ser seguido, que honra a camisa que veste, que se entrega em campo e defende seu time verdadeiramente. Ficando na história do Grêmio, e na minha história como gremista.

Não posso fazer um texto sem misturar o sentimento que sinto, sem me lembrar que tenho que esquecer da fase que o Tcheco passou aqui, e tudo que ele influenciou nos meus dias gremistas que se passaram. Pior ainda, me conformar de nunca mais vê-lo com a camisa tricolor, levantando uma taça.

A fase Tcheco do meu gremismo acabou, e o que restou são as boas lembranças e exemplos do nosso eterno Capitão, e o autógrafo, na folha já amarelada, na gaveta do meu quarto. Obrigado por tudo Anderson Simas Luciano, nosso Capitão Tcheco.
Adeus Tcheco!
A realização de um sonho: o autógrafo do Tcheco.

7 comentários:

Bruno Muniz disse...

Que isso que despedida emocionante...rsrs
O Tcheco é um bom jogador, e jogaria em qualquer time do Brasil....
Gostaria de ver ele no Galo, mas acho que vai pro Corinthians mesmo.....

Bjo

André Peixoto disse...

O Tcheco foi um grande ídolo, alias foi nãó, é. Pois ídolo não se apaga com o tempo, fica na história do grande clube que é o Grêmio.

Acredito que a diretoria gremista poderia fazer um algo a mais para que o capitão ficasse. Mais na minha opinião, o jogador poderia abrir mão de uma grana para permaner no futebol gaúcho.

Ale, excelente post, parabéns. Você certamene estava chorando né?

Beijão.

André do Blog ESporte Total
http://esportetotalbh.blogspot.com/

Ale disse...

ounn peixinho!!! obrigado pelo comentário e pela dica de colocar o autógrafo dele!

Recomendo o Esporte Total BH!

bjss

Luiz Felipe disse...

Isso sim é ser fanático. Adorei o texto da imagem e dou parabéns a todos os gremistas pelo seu apoio a esse jogador.
Isso prova que ter história e tradição são o realmente importam em um time, e, recintando um verso do grande atleticano Roberto Drumond, "Que me desculpem os que têm apenas titulos, mas amor poucos tem."

Anônimo disse...

ótimo post!

Emocionante despedida,
como vc mesma disse vai ser dificil não associar o Tcheco ao Grêmio.

Abraço

Visite
Esporte Revizuiri
e tb:
FC Velho Continente - Camp.Inglês

Pedro Franco disse...

Também tenho o autógrafo dele, heheheh, mais foi na bandeira, mais agora ja saiu.

¬¬

Ele sentou do meu lado no jogo do Coxa, faz tempao, ele complimentei ele

xD

Tcheco joga 10

Abraços

http://coxamor.blogspot.com/

Leonardo Medeiros disse...

O Tcheco é um excelente jogador que certamente teria vaga em qualquer um dos maiores times do Brasil.

www.bicudanabola.blogspot.com

bjs