Alegre, sorriu para alguém
E recebeu um sorriso sincero.
Já morreu de rir.
E descobriu o que é felicidade.
Triste e abandonado quis chorar.
Viu de perto a desgraça e a agonia.
Emocionado, suspirou,
E procurou lágrimas pra desabafar.
Propôs a vida um novo jogo
Jogou conforme as regras
Tirou uma carta da manga
E virou a banca.
Aprendeu e ensinou,
Muito leu.
Ensinou um caminho
E percorreu outro diferente.
Abraçou seu amigos,
Perdoou seus inimigos.
Uniu sua família,
E comemorou apenas o existir.
Apaixonou-se perdidamente,
Entregou-se completamente.
E de mãos dadas partiu,
Sem olhar pra trás.
Foi traído e se desiludiu,
Sofreu muito, desistiu.
Ergueu a cabeça
E continuou a seguir.
Presenteou e foi presenteado.
Ganhou e foi derrotado.
Saiu sem ter hora pra voltar,
E muito amou.
Conheceu o mundo,
Conheceu seu mundo.
Viajou muito
E topou conhecer o mundo de alguém.
Leu o jornal, viu a revista.
Virou notícia.
Assistiu ao filme e ouviu a música,
Que muitas vezes veio do próprio coração.
Passou de ano sem exame,
Passou no vestibular.
Conseguiu uma vaga na empresa
E foi trabalhar.
Assistiu a novela das oitos,
Torceu pela seleção.
Viu ser campeão
Seu time de coração.
Viu o bandido ser preso,
O galã beijar a mocinha.
Secou o adversário,
Viu o craque fazer o gol.
Ficou por um instante sozinho
Pensando na vida.
E com a turma
Agiu sem pensar.
Teve medos,
Criou coragem.
Lutou...
E nunca desistiu.
Sonhou, sonhou, sonhou
Muitas vezes acordado.
Realizou o sonho da sua vida.
E teve pesadelos mal assombrados.
Acompanhou o amanhecer,
Viu o escurecer,
As estrelas brilharem
E a lua aparecer.
Reparou na estrela no céu
Na cor da flor do jardim.
Reparou o sinal da velhice
Na ponta do nariz.
Sofreu de fome,
Sentiu frio.
Viu o sol do verão
E a chuva do inverno.
Voltou a ser criança
E como adolescente teimou.
Na velhice que você viu chegar
Teve experiência e venceu desafios.
Não viu passar as 24 horas
E aproveitou cada segundo do dia.
Quebrou o relógio,
E pediu tempo ao tempo.
Você já viveu hoje?
Alessandra Formagini

Ilusões da vida
Quem passou pela vida em branca nuvem
E em plácido repouso adormeceu,
Quem não sentiu o frio da desgraça,
Quem passou pela vida e não sofreu:
Foi espectro de homem, não foi homem,
Só passou pela vida, não viveu.
Francisco Otaviano
** Essa é a postagem que seria publicada ontem, segunda-feira, dia 19.
**E a primeira poesia é minha, espero que gostem, sem plágio gente!