terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Grandes Gremistas - Márcio Neves


No Grandes Gremistas de hoje teremos a presença ilustre de Márcio Neves, torcedor e assessor de imprensa do Grêmio desde 1999. Confira logo abaixo a entrevista deste grande representante da nação Tricolor:

Qual é a sua lembrança de infância mais marcante relacionada ao Grêmio?

“O título do Gauchão de 1977. Eu tinha cinco anos e lembro da ansiedade que tomava conta da família na casa dos meus avós. Todos reunidos para acompanhar a decisão em torno de um rádio de pilha. Meus avós moravam no Menino Deus, perto do Olímpico. Conseguíamos escutar os gritos da torcida. Após o jogo, saímos para comemorar na Av. Getúlio Vargas. Minha memória ainda guarda alguns “flashes” daquele dia.”

Como você passa a emoção de ser gremista para seu(s) filho(s)?

“Mais do que tentar passar a emoção de ser gremista, procuro fazer com que eles mesmos sintam de perto. Desde cedo faço com que eles participem ao máximo das coisas do Grêmio. Quando saímos para passear no final de semana, vamos ao Olímpico. Visitamos o Memorial e a GrêmioMania. Levo aos jogos e treinos, coloco dentro de campo, apresento aos jogadores. Trabalhando dentro do Clube há 12 anos, tenho essa facilidade. Certamente é uma sementinha que está sendo plantada dentro do coração de cada um deles.”

Qual é seu maior ídolo no futebol?

“Meu grande ídolo de infância passa longe de ser uma unanimidade. Defendia com unhas e dentes. Brigava com meus amigos e colegas de aula por causa dele. Foi o lateral direito Paulo Roberto, Campeão do Mundo em 1983.”

Você já fez ou faria alguma loucura pelo Grêmio?

“Talvez minha maior loucura tenha sido ter dedicado minha vida profissional ao Grêmio. Cometo essa loucura diariamente. Falando sério agora, talvez a maior loucura tenha sido ter viajado a Medellin em 1995 para ver de perto a conquista da Libertadores.”

Um jogo inesquecível que você presenciou no Olímpico?

“São tantos jogos inesquecíveis. Difícil destacar apenas um. Acredito que a final da Libertadores de 1983 contra o Penharol. Apesar de ter apenas 11 anos naquela época, me lembro perfeitamente de todos os detalhes.”

A rivalidade Grenal entre a torcida é grande. Você lembra alguma história ou fato relacionado ao clássico que te marcou?

“São muitos clássicos e muitas histórias. Tem um Gre-Nal em dezembro de 1991 no Beira-Rio onde o empate dava o título ao Inter. Eles haviam vencido no Olímpico o primeiro jogo. A festa estava preparada. O estádio estava lotado. A torcida do Grêmio era pequena, uns mil torcedores exprimidos num cantinho. Éramos ameaçados a todo o instante pelos colorados. Um terror!Dentro de campo, conseguíamos segurar o resultado. Até que o zagueiro Vilson sofreu pênalti e o lateral Lira cobrou fazendo 1 a 0.
Já nos minutos finais, quando o Inter era todo pressão, chegamos ao segundo gol marcado pelo Assis (ele mesmo).Foi uma loucura ver aquela multidão calada indo embora e nós fazendo a festa.Antes do jogo começar, fiz uma promessa: jogaria meus tênis dentro de campo se o Grêmio ganhasse. Tive que voltar pra casa caminhando de pés descalços. “

Você imaginava chegar à assessoria do Grêmio? Qual é a sensação de trabalhar no seu time de coração?

“Vivo os bastidores do Grêmio desde pequeninho. Meu avô já foi vice-presidente do Conselho Deliberativo. Meu pai trabalhou muitos anos dentro do Clube também. Chegou a ser diretor de futebol em 1977 e 78. Sempre acompanhei muito de perto. Acho que no fundo sempre imaginei um dia trabalhar dentro do Olímpico. Não digo como assessor de imprensa, mas aconteceu poder conciliar a minha profissão com o amor pelo Grêmio. Posso dizer que trabalhar no time do coração exige muito autocontrole. Ao mesmo tempo em que você é um torcedor, não pode agir como tal em determinadas circunstâncias. Precisa colocar a razão à frente da emoção. E isso é muito difícil.”

Seu trabalho no Olímpico já lhe trouxe alguma situação inusitada?

“Trabalhar no Grêmio faz com que você passe por algumas situações interessantes. Num jogo do Grêmio em Rondonópolis/MT pela Copa do Brasil de 2010 dei dezenas de autógrafos pelo simples fato de ser assessor de imprensa do Grêmio. Sem dúvida isso foi muito inusitado.”

Complete a frase: Torcer pelo Grêmio é maravilhoso porque...

“...o impossível não existe.”

Gostaria de deixar um recado para a torcida?

“Que tenha o Grêmio como um exemplo para sua vida: Acredite nos seus sonhos. Nunca desista por mais complicada que seja a situação. Vibre nas vitórias, mas tenha consciência de que elas ficam para trás. Chore na tristeza, mas nunca esqueça que ela não dura pra sempre. E, o mais importante: apoie sempre!”

            O Blog da Ale agradece a participação do grande gremista Márcio Neves e deseja muito sucesso e felicidade.

Nenhum comentário: